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GT18 – Interfaces entre Ciência, Tecnologia e Educação

Resumo: Este Grupo Temático, em sua 5ª edição, se propõe a reunir professores, pesquisadores e estudantes interessados em debater as interfaces entre Ciência, Tecnologia e a Educação, em um espaço de reflexão interdisciplinar sobre investigações que busquem articulações entre as áreas numa perspectiva de promoção da Educação Científica, considerando os diferentes contextos nos quais estamos inseridos. No campo da Educação em Ciências, discute-se a relevância das contribuições da Ciência, da Tecnologia e da História das Ciências e da Tecnologia para a Educação Científica, considerando que os conhecimentos científicos, tecnológicos, sociais, ambientais e multiculturais estão intimamente ligados e, por isso, a interdisciplinaridade é fundamental no contexto educacional para formar cidadãos capazes de compreender os avanços tecnológicos e científicos de forma crítica, estabelecendo relações da construção do pensamento científico com sua natureza social, política e ambiental. Este espaço prevê o compartilhamento, a socialização e a reflexão acerca de experiências que se estruturaram a partir de temas como: reflexão acerca da Natureza da Ciência; uso da tecnologia na educação como recurso potencializador da Educação Científica; desenvolvimento da autonomia e protagonismo infanto/juvenil a partir do uso da Tecnologia no ensino; história dos artefatos tecnológicos como disparador para o trabalho com a História das Ciências; perspectiva sócio-histórica da tecnologia na educação; perspectivas social e cultural da História das Ciências; contribuições da Histórias das Ciências e da Tecnologia nas diversas modalidades e níveis de ensino; perspectivas decoloniais e a valorização dos saberes das diferentes culturas; trabalho com jogos nas aulas de Ciências como elemento de reflexão; uso de diferentes estratégias de ensino para favorecer e potencializar o posicionamento dos alunos; entre outros que apresentem interface com a educação. Assim, este Grupo Temático está interessado em pesquisas que versem sobre os temas citados e outros que estejam relacionados, propondo-se a discutir sua importância na Educação Científica.

Coordenadores: Sonia Brzozowski (UFABC), Suseli de Paula Vissicaro (UFABC), Alan Dantas dos Santos Felisberto (USP)

17/09/2025 – Sessão 01

  • Horário: 14:00 – 16:00
  • Local: Mirante do Rio – sala 302 (3o andar)

Sabugo de Milho: Transformando Resíduos em Bioplástico Sustentável – Kaik da Silva (estudante), Karina Alves de Melo (E.E. Pei Valderice Therezinha), Juan D’ Marcos de Oliveira (estudante), Maria Eduarda Fernandes Ruiz (estudante)

Com base na abordagem CTS, esse trabalho foi desenvolvido por estudantes da 3ª série do Ensino Médio de uma escola pública em Guarulhos, município inserido no bioma da Mata Atlântica. A proposta emergiu da necessidade de repensar o uso de materiais derivados do petróleo e os impactos gerados pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Utilizando o sabugo de milho — resíduo agrícola comumente descartado — como matéria-prima, foram aplicados conhecimentos interdisciplinares na produção de um bioplástico biodegradável. Destacando se o papel da ciência como ferramenta para a construção de soluções sustentáveis de baixo custo e viabilidade local. O objetivo central foi a produção de bioplástico a partir da extração de celulose do sabugo de milho, promovendo o reaproveitamento de resíduos e a redução da poluição plástica. Buscou-se, ainda, sensibilizar a comunidade escolar para a importância da preservação da Mata Atlântica e dos impactos do uso indiscriminado de polímeros sintéticos, estimular o protagonismo juvenil e fortalecer competências relacionadas à sustentabilidade, ao trabalho colaborativo e à resolução de problemas reais. O projeto evidenciou a importância da interdisciplinaridade na formação científica dos estudantes, ao integrar teoria e prática em um processo experimental fundamentado em problemas socioambientais contemporâneos. A experiência contribuiu para o desenvolvimento de competências previstas na BNCC e reforçou a relação entre ciência e transformação social, alinhando-se aos ODS, especialmente os de números 12, 13 e 15.


Fibra de Coco Verde para Produção de Escovas e Vassouras Ecológicas – Lucas Negrão Afonso (estudante), Quezia Gomes Neves (estudante), Bruna Emanoelle da Silva Silveira (estudante), Sabrina Cristina Barros Silva (estudante), Solange Kadijah Herrera Fernandez (estudante)

A partir da abordagem CTS, estudantes do 1º ano do E.M. desenvolveram um projeto interdisciplinar com foco na mitigação dos impactos ambientais causados pelo descarte inadequado da fibra do coco verde em Guarulhos. A ação visou a transformação desse resíduo em escovas e vassouras ecológicas. O projeto partiu da identificação de um problema ambiental concreto — o acúmulo de resíduos que contribui para enchentes e CO2 — e utilizou o conhecimento científico para propor soluções sustentáveis de baixo custo e impacto para a comunidade. O objetivo foi promover o reaproveitamento da fibra do coco verde, articulando os conceitos científicos ao desenvolvimento de tecnologias sociais sustentáveis. Buscou- se, ainda, a conscientização sobre os efeitos do descarte irregular de resíduos orgânicos, incentivar práticas empreendedoras de baixo impacto ambiental e desenvolver competências socioemocionais por meio do trabalho colaborativo. Evidenciou a potencialidade pedagógica da interdisciplinaridade ao articular teoria e prática em problemas socioambientais e reais. A partir da análise química da composição da fibra, dos princípios físicos aplicados à modelagem do material e dos cálculos matemáticos para dimensionamento e eficiência, pudemos compreender, de forma integrada, como o conhecimento científico pode ser mobilizado em favor do desenvolvimento sustentável. A experiência promoveu o engajamento estudantil, fortaleceu a consciência ambiental e apontou caminhos para o uso da ciência como instrumento de transformação social, em consonância com os ODS e as diretrizes da BNCC.


A pesquisa em Educação CTS no Ensino de Ciências no Brasil: um panorama a partir dos anais do ENPEC (2015-2022) – Breno Dias Rodrigues (UFPA), Sebastião Rodrigues-Moura (IFPA), Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida (UFPA)

Os estudos em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) têm avançado no campo educacional, particularmente no ensino de Ciências e em eventos da área no Brasil. Esta pesquisa teve como objetivo apresentar um panorama da produção científica sobre a Educação CTS no ensino de Ciências do ensino fundamental, a partir de artigos publicados em anais de um evento nacional da área. A pesquisa possui abordagem qualitativa e bibliográfica, do tipo Revisão Sistemática da Literatura. O mapeamento ocorreu nos anais de cinco edições do Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências (ENPEC). A opção pelo ENPEC se justificou por ser um evento de referência da área de Educação em Ciências no contexto brasileiro e por apresentar um eixo temático específico sobre os estudos CTS no campo educacional. Na busca, consideraram-se as palavras-chave “CTS” e “CTSA” em duas buscas consecutivas para cada edição. A identificação se complementou com as palavras “ciências” ou “ensino de ciências”; “Ensino Fundamental” ou “educação básica”, explícitas nos títulos, resumos e palavras-chave. Na elegibilidade dos trabalhos, observou-se: a presença da Educação CTS nas pesquisas realizadas em contextos escolares; estudos referentes aos anos iniciais e finais do Ensino Fundamental a partir de 2017. Percebeu-se a pluralidade de enfoques didáticos sobre propostas, estratégias metodológicas e discussões temáticas para os processos de aprendizagem dos alunos. O estudo revela a importância das inter-relações nas aulas de Ciências e o fortalecimento do campo da pesquisa educacional dos estudos CTS.


Ciência, Tecnologia e Sociedade: qual o lugar do Ensino de Sociologia no movimento CTS para a educação científica? – Júlio Cezar Gaudencio da Silva (UFAL)

Considerando o contexto atual dos debates sobre as propostas de ensino em CTS, de modo a viabilizar uma educação científica que concretize na Educação Básica, uma formação capaz de contribuir para uma compreensão das relações entre conhecimento científico e tecnológico, sem negligenciar o peso dos fatores sociais que servem de base para a constituição dos cenários para essa articulação, um questão central se apresenta: qual o lugar do Ensino de Sociologia nesse processo? É partindo desse questionamento, bem como do reconhecimento da relevância que as discussões das questões de âmbito social e dos impactos decorrentes das mudanças científicas e tecnológicas, como parte do compromisso com uma educação científica que assegure a constituição de uma posicionalidade critica dos estudantes, que a presente proposta traz reflexões sobre o reconhecimento da importância do Ensino da Sociologia como possibilidade de maior inserção de reflexões sobre as questões sociais na educação científica. Para tanto, e fundamentado em uma pesquisa do tipo exploratória, cuja base de dados é constituída pelos Anais disponibilizados, desde o ano de 2015 até o ano de 2023, referentes aos Simpósios Nacionais de Ciência, Tecnologia e Sociedade, buscou-se identificar por meio da produção sobre Ensino CTS ou Educação CTS, produções que destacassem o lugar do Ensino de Sociologia, no processo de promoção e ou institucionalização de uma educação científica. Infelizmente, os resultados preliminares apontam para uma escassa articulação entre esses dois campos de discussões.


“O QUE É TECNOLOGIA PRA VC?”: produzindo um podcast sobre Educação Digital com adolescentes – Irene do Planalto Chemin (UNICAMP)

Entre as juventudes, certas tecnologias parecem tão desterritorializadas, que se torna difícil identificar suas relações e funcionamentos. O intuito desta Comunicação Oral é apresentar resultados parciais da pesquisa de mestrado. O objetivo da pesquisa é compreender a percepção de adolescentes sobre as tecnologias e produzir um podcast sobre educação digital. O objetivo é amplo para acolher as questões trazidas pelas próprias adolescentes, que ocupam uma dupla posição: interlocutoras e pesquisadoras em um Projeto de Iniciação Científica nível Ensino Médio. Assim, investigamos as tecnologias desde o imaginário, estudo da técnica, as infraestruturas visíveis ou invisíveis, as realidades sociotécnicas, os dispositivos corporificados, incorporados e cotidianos nas experiências das juventudes brasileiras. Partindo de mapeamentos, passando por discussões teóricas até a produção de uma série chamada “Conexão”, com 5 episódios, veiculada no podcast Mundaréu. Os temas que têm mobilizado a equipe da pesquisa são: proibição dos celulares nas escolas, plataformização da educação, saúde mental e redes sociais. Nos orientamos em torno do ECA, de legislações acerca da Internet e do desenvolvimento ético de tecnologias. Vamos gravar, digitalizar essas vivências. A produção do podcast se coloca como uma metodologia de pesquisa, uma forma de educação digital e de promoção do debate acerca dos conflitos e potencialidades das tecnologias digitais. E nesse processo digitalizado, organizamos nossos dados, analisamos, relacionamos e contamos, em um jogo de vozes hiperlinkado bastante vasto.


18/09/2025 – Sessão 02

  • Horário: 14:00 – 16:00
  • Local: Mirante do Rio – sala 302 (3o andar)

Iniciação Científica no Ensino Médio como fator de formação de novos pesquisadores – Wagner José da Silva (UNICAMP)

A ciência é essencial para o desenvolvimento tecnológico, econômico e social de qualquer nação. No Brasil, o Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG 2024–2028), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES, elenca como primeira das prioridades a necessidade de elevar o percentual de mestres e doutores na população. Nesse contexto, este estudo propõe analisar, por meio de revisão bibliográfica, uma das iniciativas possíveis para incentivar a formação de novos pesquisadores: a prática da iniciação científica no ensino médio. Estudos mostram que a iniciação científica é um instrumento formativo de relevância acadêmica e social, com potencial de proporcionar aos estudantes um universo de possibilidades. No entanto, quando se trata da educação básica essa prática ainda é pouco explorada, sendo mais comum nos anos finais da educação básica, ou seja, no ensino médio. Dessa forma, busca-se responder à seguinte pergunta: como a iniciação científica no ensino médio influencia a escolha pela carreira acadêmica? Com a hipótese de que estudantes que participam de projetos de iniciação científica tendem a optar pela carreira acadêmica, este estudo propõe, por meio de revisão sistemática da literatura, verificar a cobertura de estudos sobre iniciação científica, inclusive no ensino médio, a fim de identificar lacunas possíveis de serem exploradas.


O Uso das metodologias ativas e das tecnologias na formação de professores da Educação Profissional e Tecnológica – Meimilany Gelsleichter (IFSC)

A presente pesquisa de doutorado encontra-se em andamento e tem por objetivo avaliar o curso de Especialização Lato Sensu em Docência para a Educação Profissional na modalidade a distância do Instituto Federal de Santa Catarina. A pesquisa é qualitativa e contou com a participação de cinco entrevistados no universo de vinte e três professores que atuaram no curso. Destes, 4 professores apostam nas metodologias ativas como estratégia central para atingir os alunos nas aulas do curso de Especialização Lato Sensu em Docência para a Educação Profissional. Todavia, observamos através das narrativas dos docentes que as práticas pedagógicas chamadas de “inovadoras” embora tornem as aulas mais interativas e protagonizada pelos alunos, não se comprometem com uma formação crítica e se alinham às expectativas do mercado. Tais propostas têm sido implementadas nos cursos de Licenciatura, e evidenciam uma alteração epistemológica na concepção de formação de professores, com maior evidência para a prática imediata que inviabilizam a construção da identidade do professor como cientista da educação para constituí-lo como tarefeiro, dados o aligeiramento e a desqualificação de sua formação.


Educação CTS e pensamento crítico e criativo no Brasil: ensino, aprendizagem e formação de professores – Sebastião Rodrigues-Moura (IFPA), Ana Cristina Pimentel Carneiro de Almeida (UFPA)

A Educação em Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS) contextualiza o ensino por meio de questões sociotecnológicas para promover uma educação cidadã. Nesse contexto, o desenvolvimento do pensamento crítico criativo tem ganhado destaque com capacidades essenciais para a formação de estudantes capazes de analisar, questionar e resolver problemas complexos da realidade. Esta pesquisa analisa as relações entre a Educação CTS e a promoção do pensamento crítico e criativo no ensino de Ciências no Brasil. A metodologia qualitativa, do tipo revisão narrativa, permitiu mapear produções das últimas duas décadas, justificada por dois aspectos: (a) necessidade de sistematizar as discussões ainda fragmentadas sobre CTS e pensamento crítico/criativo no país; e, (b) carência de estudos que aprofundem dimensões como habilidades, disposições e critérios/normas do pensamento na prática. Os resultados indicam pesquisas recentes, muitas teóricas ou vagas conceitualmente. Observa-se um crescente interesse no ensino básico de Ciências, onde a criatividade é vista como complementar ao raciocínio crítico na resolução de problemas sociocientíficos. Os trabalhos brasileiros ainda são escassos em comparação com produções internacionais e mesmo portuguesas, que já avançam em modelos pedagógicos integrados. O impacto desta pesquisa reforça a urgência de formar professores, promover uma educação científica mais reflexiva, inovadora e contextualizada. Ainda há lacunas na investigação sobre estratégias didáticas e avaliação, apontando-se para a necessidade de mais estudos empíricos no contexto brasileiro.


Educação, Tecnologia Social e Ciências: formação de educadores, curricularização da extensão e função social da universidade pública – Natalia de Lima Bueno (UTFPR)

Esse trabalho traz um relato do processo de formação de educadores numa universidade pública tecnológica no Sul do Brasil, da relação interdisciplinar entre tecnologia social e ciências, dos caminhos possíveis na articulação entre curricularização da extensão e políticas educacionais a formação de professores no país. Baseando-se numa visão crítica da tecnologia e da formação de educadores nos espaços formais e do modo como a universidade pública pode analisar a extensão, apoiando-se numa praxis da Tecnologia Social e de processos pedagógicos histórico crítico e libertadores para atender aos princípios da função social da universidade pública. A metodologia utilizada parte da pesquisa dialética em educação, com foco em curso de Licenciatura na área de Ciências Biológicas e e Ciências Naturais utilizando-se como estudo de campo a articulação com escolas públicas da região dos Campos Gerais no Paraná, na cidade de Ponta Grossa. Como foco do estudo teórico-prático são utilizados projetos de Extensão na área de Tecnologia Social, disciplina extensionista e articuladora do currículo de formação docente e projetos específicos de formação docente


Comunicação Científica como Prática Social na Universidade Pública: a experiência da Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UTFPR – Ana Paula de Lima Adam (UTFPR)

Como posicionar a comunicação científica como eixo estratégico da universidade pública? Entre 2023 e 2024, a Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação, campus Curitiba, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, desenvolveu uma política de divulgação científica que integrou mídias digitais, planejamento educativo e práticas formativas com protagonismo estudantil. Organizada em quatro eixos (social media, conteúdo, design e audiovisual), a equipe de bolsistas produziu, sob coordenação do Diretor de Pós-Graduação, conteúdos para Instagram e LinkedIn, com narrativas visuais acessíveis e multiformato, voltadas à valorização da pós-graduação e da produção científica da universidade. Com abordagem qualitativa e interpretativa, este estudo centra-se na comunicação científica como prática social situada no contexto institucional e a partir da observação sistemática da atuação da equipe, foram examinados os sentidos construídos em torno da mediação entre ciência e sociedade. O material empírico inclui postagens, fluxos de trabalho e depoimentos, interpretados à luz das relações sociais e dos contextos que os originam. A triangulação com indicadores de engajamento digital foi incorporada como subsídio, permitindo sustentar inferências sobre os efeitos comunicacionais da experiência. Ao revelar os bastidores da ciência e consolidar práticas formativas, a experiência aponta para uma concepção de ciência comprometida com a democratização do conhecimento e transformação social; o fortalecimento da cultura científica e o aumento da procura pelos programas de pós-graduação da universidade.


19/09/2025 – Sessão 03

  • Horário: 13:30 – 15:30
  • Local: Mirante do Rio – sala 302 (3o andar)

A influência dos gêneros multimodais e seus impactos na sociedade: uma análise fundamentada no uso de tiras e quadrinhos – Monique Gregório da Silva (UNIFEI)

O trabalho apresenta um estudo sobre a influência dos gêneros multimodais na sociedade contemporânea, com foco especial no uso de tiras e quadrinhos. O objetivo central da pesquisa foi desenvolver um site educacional que reúne e explora esses gêneros como ferramentas pedagógicas, contribuindo para práticas de leitura crítica e interpretação textual no ambiente escolar. A iniciativa partiu da necessidade de ampliar o acesso a materiais didáticos multimodais e incentivar o uso das tecnologias digitais na educação. A construção do site foi orientada por princípios de acessibilidade, navegação intuitiva e curadoria de conteúdos relevantes, proporcionando aos usuários – principalmente professores e estudantes – um espaço interativo e funcional. Os quadrinhos e tiras selecionados foram organizados em categorias temáticas, acompanhados de propostas pedagógicas que dialogam com os componentes curriculares. Como conclusão, o trabalho evidencia que o site não apenas potencializa o uso de gêneros multimodais na sala de aula, mas também reforça a importância da integração entre educação e tecnologia, promovendo um aprendizado mais significativo, crítico e conectado à realidade dos alunos.


A Importância dos Estudos CTS e dos Saberes Indígenas no Ensino de Ciências – Suseli de Paula Vissicaro (UFABC)

Esta pesquisa investiga a relevância e a integração dos estudos CTS e dos saberes indígenas no ensino de ciências, buscando aprofundar a compreensão sobre como essas abordagens podem enriquecer a educação. Um ensino contextualizado e plural é essencial para a formação de cidadãos críticos e culturalmente competentes, desafiando a visão tradicional da ciência. O objetivo geral é analisar as percepções e práticas de professores, estudantes e membros de comunidades indígenas sobre a inclusão dessas perspectivas. Especificamente, busca-se levantar concepções, identificar metodologias de inclusão de saberes indígenas, mapear estratégias existentes e analisar os desafios enfrentados. A metodologia adotará uma abordagem qualitativa, com um estudo de caso múltiplo em diferentes contextos educacionais. A coleta de dados ocorrerá por meio de entrevistas semiestruturadas, análise documental e observações em sala de aula, garantindo a triangulação das informações. A análise de dados será feita por meio da Análise de Conteúdo, buscando identificar padrões, categorias e temas emergentes. Resultados preliminares indicam que, embora haja reconhecimento da importância de contextualizar a ciência e valorizar a diversidade cultural, a efetivação dessas abordagens esbarra na formação docente limitada, na escassez de materiais didáticos adequados e na resistência curricular. A pesquisa sugere a necessidade urgente de programas de formação continuada que capacitem educadores para dialogar com as diferentes epistemologias, promovendo um ensino de ciências mais engajador e socialmente responsável.


Desconstruindo a imagem do cientista: contribuições da História das Ciências na educação infantil – Letícia Mendonça Soares Badanai (UFABC), Marcia Helena Alvim (UFABC)

Esta pesquisa tem como objetivo analisar como a utilização de instrumentos ópticos de ampliação de imagem, sob a perspectiva da História das Ciências, pode contribuir para a construção de saberes científicos na educação infantil. A investigação, de abordagem qualitativa e caracterizada como estudo de caso, foi desenvolvida a partir da aplicação de uma proposta didático-metodológica interdisciplinar, utilizando instrumentos como microscópio, lupa e telescópio, junto a uma turma de crianças de cinco anos de idade da educação infantil. A coleta de dados ocorreu por meio de registros orais e pictóricos, sendo a análise realizada por meio da Análise Textual Discursiva. Apresentaremos os resultados parciais relacionados à primeira categoria emergente, que evidencia o potencial da História das Ciências na ressignificação da visão das crianças sobre quem é e o que faz um cientista. Os dados revelam que as experiências vivenciadas permitiram às crianças ampliarem sua compreensão sobre a ciência enquanto construção coletiva, social e histórica, rompendo com estereótipos e percepções fantasiosas comuns no cotidiano. Como considerações, destaca-se que uma abordagem histórica da ciência na educação infantil contribui para a formação de sujeitos mais críticos, reflexivos e conscientes do papel da ciência na sociedade, além de fortalecer processos de alfabetização científica desde os primeiros anos escolares.


Por uma Educação decolonial no enfrentamento do silenciamento das epistemologias do sul: os saberes indígenas sobre as ervas medicinais – Sonia Brzozowski (UFABC)

Este estudo explora questões sobre decolonialidade, destacando que não se trata somente de um movimento para remover a roupagem europeia das sociedades colonizadas, mas de resgatar e reconstruir as epistemologias que foram violentamente destroçadas pelo colonialismo. A monocultura instituída pela ciência moderna europeia invisibilizou e excluiu outros saberes, conferindo uma perspectiva eurocêntrica a uma diversidade de saberes coloniais. Buscando confrontar este panorama e diante desses entendimentos, propomos então neste estudo um diálogo entre diferentes saberes, por ser um caminho para a valorização da diversidade epistemológica, buscando a ampliação de possibilidades para o entendimento da natureza e das humanidades, e a restituição histórica de um processo de colonização opressor e violento, que levou à invisibilização de lutas e saberes, construindo um saber emancipado. Consideramos que a História das Ciências é um caminho, pois promove uma reflexão crítica sobre a situação histórica da colonização política, cultural e epistêmica, através da denúncia sistemática da invisibilização do outro e do epistemícidio vivenciado no sul global.
Umas das possíveis práticas pedagógicas nesse processo de desobediência epistêmica é o conhecer e se apropriar da própria histórica, conforme mencionado anteriormente, para isto é necessário realizar estudos sobre a História do Brasil com base em documentos históricos e diferentes perspectivas que de modo geral não estão inclusos nas narrativas vigentes.

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